Luís Vaz de Camões
(1524—1579 ou 1580)
Foi um poeta de Portugal,
considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos
grandes poetas do Ocidente. A identificação de Camões e da sua obra como
símbolos da nação portuguesa parece datar, como acredita Vanda Anastácio, do
início da monarquia dual de Filipe II de Espanha, pois aparentemente o monarca
entendeu que seria de interesse prestigiá-los como parte de sua política para
assegurar a legitimidade do seu reinado sobre os portugueses, o que justifica a
sua ordem de imprimir duas traduções em castelhano de Os Lusíadas em 1580,
pelas universidades de Salamanca e Alcalá de Henares, e sem as submeter à
censura eclesiástica. Mas Camões tornou-se especialmente importante em Portugal
no século XIX, quando, conforme afirmaram Lourenço, Freeland, Souza e outros
autores, Os Lusíadas sofreu um processo de releitura e mitificação por alguns
dos expoentes do Romantismo local, como Almeida Garrett, Antero de Quental e
Oliveira Martins, que o colocaram como um símbolo da história e do destino que
estaria reservado ao país. Até mesmo a biografia do poeta foi readaptada e
romantizada para servir aos seus interesses, introduzindo-se uma nota
messiânica a seu respeito no imaginário popular da época. Os objetivos
principais desse movimento eram compensar o saudosismo dos tempos de glória e a
perceção então prevalente de Portugal como uma periferia pouco significativa da
Europa, e dar à sua história um sentido mais positivo, abrindo-lhe novas
perspetivas de futuro (Wikipédia).
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